A Obesidade é definida pela
Organização Mundial da Saúde (OMS)
como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal que pode atingir graus
capazes de afetar a saúde. O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma razão simples
entre o peso e a altura, que é frequentemente usada para classificar a obesidade em adultos.
Em 95% dos casos
não advém de uma disfunção endócrina, mas de um conjunto de fatores onde os hábitos
alimentares inadequados e sedentarismo são os mais importantes fatores causais.
As estatísticas
apontam para um futuro aumento da obesidade mundial e com ela o crescimento de
suas comorbidades, tais como, dificuldade respiratória, insônia, aumento da
sudorese, incontinência urinária, edema de membros inferiores, varizes, hipertensão
arterial, hiperlipidemia (colesterol alto),
doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças articulares.
A
conduta de tratamento na medicina ocidental preconiza a mudança na dieta, prática
de exercícios físicos, apoio psicoterapêutico, medicação para o controle do
apetite e em casos extremos a intervenção cirúrgica.
Por ser uma condição crônica, a busca por soluções
menos invasivas, com redução de medicamentos, tem atraído um número crescente
de pessoas para a terapêutica da Medicina Chinesa.
Como coadjuvante ou mesmo como única alternativa
terapêutica a associação de Acupuntura, Fitoterapia e Dietética chinesas tem atraído
um número crescente de pessoas, por sua eficácia na prática e comprovação de
resultados em trabalhos científicos.
Tratando a Obesidade sob os princípios da Medicina Chinesa
A diferença no tratamento está nas estratégias e
nos recursos utilizados.
Também em Medicina Chinesa existem prescrições de
dietas com alimentos adequados para a perda de peso, porém, as recomendações alimentares
buscam não só reduzir a quantidade de calorias ingeridas, mas, também, sanar
condições preexistentes de desequilíbrio. Por exemplo, não é recomendada a
ingestão de alimentos quentes para quem apresenta o fator patogênico “calor”².
Já para um paciente que não apresenta este fator a restrição não é necessária.
Para chegar ao diagnóstico acertado para cada caso
é feita uma inspeção dos sinais e sintomas apresentados, particulares àquele
paciente, com o intuito de discriminar o tipo de síndrome que melhor descreve
sua situação de saúde.
Através da identificação do padrão da doença o
tratamento pode utilizar a Acupuntura, a Auriculoterapia, a Fitoterapia e a
Dietética chinesa, adequados ao padrão que o paciente apresenta.
Portanto, duas pessoas obesas podem ser tratadas
com pontos de acupuntura, ervas e alimentos diferentes na dieta, pois o
tratamento é específico para cada pessoa. Significantes resultados tem sido
obtidos no controle do apetite, na regulação da função metabólica e diminuição
da ansiedade.
(1)Texto baseado em artigo publicado no Journal of
Chinese Medicine Gynecology and Obstetrics, Canadá de autoria do Dr.Zhongchen
Zhang do Hospital de Guangdong, China.
(2) O termo “Calor”
é uma categoria nosológica própria das patologias na Medicina Chinesa e não
corresponde propriamente ao significado do senso comum.

